Zózimo Tavares (*)
Há 100 anos, nascia em Amarante um dos governadores mais realizadores da história do Piauí.
Ele faleceu precocemente aos 53 anos, depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) quando fazia seu discurso de estreia na tribuna do Senado.
Por ironia do destino, seu primeiro pronunciamento no Congresso Nacional era justamente sobre saúde.
Médico e professor, Dirceu entrou para a história do Piauí como um de seus melhores quadros políticos e também um de seus mais queridos homens públicos.
Dirceu Mendes Arcoverde nasceu em 7 de setembro de 1925. Fez os primeiros estudos em sua cidade natal.
A seguir, mudou-se para Teresina, fazendo o curso ginasial no Diocesano, onde conheceu aqueles que seriam mais tarde os expoentes políticos de sua geração – Petrônio Portella, Djalma Veloso e outros.
De Teresina, foi transferido para Belém. Na capital do Pará, terminou o ensino secundário e iniciou o Curso de Medicina, que concluiu no Rio de Janeiro.
Recém-formado, ele foi aprovado em dois concursos públicos, mas decidiu voltar para o Piauí, para ficar perto da família.
De volta a Teresina, no início dos anos 1950, Dirceu Arcoverde dedicou-se integralmente à medicina e, em seguida, também ao magistério.
Foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina do Piauí, no final da década de 1960, e também um dos fundadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), instalada em 1971.
Ele ingressou na vida pública já maduro, na faixa dos 40 anos, como secretário de Saúde do governador Alberto Silva, no primeiro mandato deste (1971 – 1975).
Sua atuação foi surpreendente, como contarei mais adiante.
(*) Jornalista e escritor. Autor da biografia “Dirceu Arcoverde – Esperança interrompida.

Secretário de Saúde, Dirceu Arcoverde (de terno claro), governador Alberto Silva e secretário de Educação, Wall Ferraz/Imagem: Acervo da Fundação Alberto Silva.