ESPECIAL: PETRÔNIO PORTELLA – 100 ANOS (Parte 1)

Por: Assessoria

Teresina - PI

Petrônio Porttella/Imagem: Agência Senado.
Petrônio Porttella/Imagem: Agência Senado.

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O arquiteto da abertura

Zózimo Tavares (*)

Há 100 anos, nascia o piauiense de maior projeção no cenário político nacional no século 20, Petrônio Portella.  

Ele teve uma carreira clássica ascendente. Elegeu-se deputado estadual, na década de 1950, foi prefeito de Teresina e governador do Piauí.

Senador da República duas vezes e também duas vezes presidente do Congresso Nacional (1971 – 1973 e 1977 – 1979).

Em setembro de 1978, sob sua presidência, o Congresso aprovou a Emenda Constitucional nº 11, revogando os Atos Institucionais implantados pelo Regime Militar, inclusive o pavoroso AI-5.

Em 15 de março de 1979, tomou posse no cargo de ministro da Justiça e assumiu a coordenação política do governo.

Faleceu no dia 6 de janeiro de 1980, em Brasília, no auge de sua carreira política.

Estava empenhado na transição do regime militar para a democracia, através do diálogo com todas as correntes políticas e com a sociedade civil.

Entrou para a história como “Arquiteto da abertura”.

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Petrônio Portella Nunes nasceu em Valença do Piauí, em 12 de setembro de 1925.

Filho de Eustáquio Portella Nunes e Maria de Deus Ferreira Nunes. Era o sexto descente, numa prole de 12 irmãos.

Iniciou seus estudos na terra natal. Mais tarde, foi aluno do Colégio Diocesano, em Teresina.

Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro.

Na faculdade, deu os primeiros passos na política, como um dos líderes mais atuantes da Reforma.

Toda a atividade política dos jovens universitários de então se fazia em torno do CACO – Centro Acadêmico Cândido de Oliveira.

O Brasil acabara de derrubar a Ditadura Vargas e engatinhava no rumo da redemocratização.

Comunicativo e persuasivo, o jovem Petrônio assumiu no CACO o posto de diretor do jornal A Crítica, uma tribuna dos universitários.

Por esse tempo, foi também diretor de Publicidade da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Como líder estudantil, Petrônio conseguiu unir liberais e esquerdistas.

A partir daí transformou a sua vocação em missão de toda a sua existência. (Segue)

(*) Jornalista e escritor. Autor dos livros “Petrônio Portella”, publicado pelo Senado Federal, em 2010, como Volume 7 da Coleção Grandes Vultos que Honraram o Senado, e de Petrônio Portella – Uma biografia, editado em 2012.

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